Acho que o nosso erro às vezes é tratar o amor como um grande rodízio, é... Bem pizzaria mesmo! Você bota o seu coração na bandeja e sai servindo, alguns degustam e não pedem mais. Ah... Tudo bem não faz diferença. Outros pegam porções maiores e você acaba sentindo falta, mas passa, tudo se recompõe. Uma nova rodada! Mas certas pessoas levam tudo, devoram, destroem... E acaba tudo. O que te sobra é a bandeja vazia. O peito vazio, aquele buraco nojento e feio. É triste.
Mas o nosso erro é oferecer o coração assim sem ter a certeza de que vai valer à pena. É chegar com a bandeja em pessoas que não conhecemos inteiramente, ou que até conhecemos, mas não temos a certeza de que realmente vai durar, chegar nelas com o coração na bandeja e falar: "Quer experimentar? Vai mais um pedaço?" Isso é paixão. Não se oferece o coração na paixão. Já o amor não. Nosso amor não é para degustação momentânea, não é canapé, não é doce pra comer depois da janta. Nosso amor é a grande refeição, a Santa Ceia, é o que se tem de mais saboroso na vida.
O que é triste é quando tudo o que dizem sobre ele, pra você... Não passam de palavras. É triste quando as atitudes que tomam a seu respeito não alcançam o que os lábios pronunciam, triste quando os olhos continuam negros mesmo quando a boca esboça um sorriso, e mais ainda, é triste quando a mão que está estendida te oferecendo ajuda, na realidade só quer ter degustar naquele momento e ir pro prato principal em outro lugar qualquer.
Valorizemo-nos!
Conheçamos muito bem as pessoas a nossa volta. Não nos ofereçamos de bandeja sempre que alguém interessante aparecer. Guardemo-nos para quem realmente nos quer, pra quem realmente vê o nosso real valor. As tristezas e desavenças vida afora a gente guarda na lembrança e usa como lição. E, que fique claro, ninguém nunca morreu de amor e, por mais que seja difícil acreditar em certa altura, tem sempre alguém feito sob medida pra gente. É só abrir os olhos e esperar. A hora chega!