Em mim moram sonhos que ainda nem sei. Descubro-me todos os dias, e sem querer, cobro mais da vida, mais das pessoas, e muito mais de mim.
Por trás de um coração descompassado existe uma sensibilidade escondida, retida e travada. É que depois de alguns arranhões por lá, parece que a gente vai se endurecendo por todos os lados. E às vezes, até por dentro.
Talvez eu ainda não consiga ser por fora, o que sou em essência. São sentimentos que, de tão bonitos, os deixo guardados. Só para mim. Medo. Talvez. Pode ser. E fico me perguntando: será que estou me protegendo de mais um tombo, ou de ser feliz? É apenas mais uma interrogação que vou deixar nas mãos do destino. Se é que ele existe.
Sei que fiz escolhas e cresci com elas. Se foram as certas ou não, o tempo dirá. Crescerei em dobro, e tô pagando para ver. Afinal, esse órgão bobo e por vezes irritante ainda pulsa, resta fôlego. Ainda está bem aqui, guardado. E o sentimento que guardo, pode apostar, é puro, singelo e ao mesmo tempo intenso. Que acredita que um dia talvez, ainda poderá deixar de se esconder, quem sabe. Não é impossível porque onde há amor, há jeito.
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