Alguma vez, em algum momento da sua vidinha pacata (ou escrota, ou tediante, ou depressiva ou não tão ruim ou, bom, enfim, da sua vida), você já deixou sua mente te guiar? Eu não falo sobre tomar decisões, escolher o que fazer da vida, se você vai ou não bater a porta com força depois daquela discussão problemático com seu pai sobre algo que você sabe que ele tem razão, mas não quer admitir, porque, oi, você é orgulhoso, egocêntrico, adolescente e, claro, um ser humano perto do ordinário. Eu sei lá. Uma vez, já tem alguns anos, enquanto eu atravessava a rua junto com a minha irmã, ela me chamou de psicopata. Não vou definir o que é, porque qualquer um sabe, mesmo uma pequena parte do conceito de psicopatia. O fato é: ela me chamou disso. Tá, né, o que eu poderia fazer?
Analisando os fatos, é, talvez eu tenha problemas, ou certa tendência a sair matando gente que nunca vi mais problemática na minha vida. Quer dizer, ter dificuldades de expressar sentimentos não é bem psicopatia. Ou é? Vontade à divagação, que é o tema (ou... tanto faz)... Sim, eu não sou fã de pessoas, não vou com a cara de crianças, adolescentes com a minha idade me fazem sentir vergonha de ser um adolescente e tudo isso é uma junção super resumida das minhas divagações. Sou problemático? HELL YEAH! Mas, quem não é? Quer dizer, você já parou para analisar sua personalidade, seus atos e como você age com as pessoas? Você é tão normal quanto eu, ou seja, você NÃO É normal. Não se preocupe, contando, eu digo. Normalidade é chato, que nem cinza. Eita cor mórbida! Pior que preto. Enfim, olha eu divagando em um texto sobre divagação. Há, digno, não acha?
Não sei porquê estou escrevendo isso. Ou talvez saiba, em alguma parte dentro da minha mente perigosa (aham, senta lá), e não queira admitir. Vamos lá, então, retornando: alguma vez, em algum momento de ócio já passou pela sua mente se você é realmente o que julgam que você é? Alguém chega em você e diz “você é chato”. Será você realmente chato ou a pessoa que não te conhece? E o que te faz chato para essa pessoa? É o fato de você ignorá-la? Ambos já pensaram por que isso acontece? Nem sempre o problema é você. Ou a outra pessoa. Quer dizer, seria eu realmente um psicopata, que enquanto escreve esse texto, planeja o primeiro crime? OK, isso realmente soa doentio, eu admito, mas a culpa é dos seriados policiais que assisto em demasia.
Enquanto nós mostramos ao mundo quem somos, deixamos parte de nós em nossa mente. Oi, como assim? Como assim sendo! Opa, não, brincadeira. Às vezes, somente pensamos em fazer algo, em dizer algo e esse algo pode muito bem ser alguma coisa que quebraria esse pré conceito que alguém tem de nós. Ou seja: eu posso estar com a melhor cara de paisagem ou parecer esnobe no ônibus para alguém, enquanto tento não me desequilibrar e pagar mico, mas não quer dizer que eu seja assim. Quer saber uma coisa? Eu não sou. Eu simplesmente estou ignorando o assento reservado do qual estou próximo, para não sentar, porque eu prefiro fingir que aquele assento não existe, do que sentar e fingir que quem necessita dele é que não existe. Muito psicopata, né?
Nisso, eu divago, me perguntando se as pessoas são o que parecem ser. Sentado no assento comum do ônibus, voltando da escola e vendo uma figura estranha de um cara rico, no ônibus, cheio de pompa e fico pensando sobre que raios ele está fazendo em um ônibus. Achei engraçado, claro, mas não cheguei à lugar algum. O que fica é: alguém concorda comigo ou eu estou enlouquecendo? Bom, me conhecendo como conheço, estou enlouquecendo (mais ainda)... Ou não, né? Vai saber.
Texto Original: AQUI
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